O primeiro passo para tirar uma boa nota final no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é ter uma redação bem escrita. Além disso, essa nota tem um peso muito significativo, já que se a redação for zerada, o aluno é, automaticamente, desclassificado da disputa (vamos falar mais sobre isso no decorrer do texto).
O inverso também é proporcional: quanto maior a nota da redação, mais chances ele tem de tirar uma boa média final, o que aumenta as chances de uma boa classificação. Inclusive, a nota da redação é o primeiro quesito usado no desempate de uma vaga, caso os concorrentes tenham tirado uma pontuação semelhante no resultado geral.
Um dado importante mostra que em 2014, apenas 250 alunos dos cerca de 6,2 milhões de participantes atingiram a pontuação máxima no Enem e quase 530 mil tiraram nota zero. Uma das pessoas que alcançaram os mil pontos foi a Vanessa Feijó Andrade. A estudante de Fortaleza (CE) disse, em entrevista à Abril, que o segredo foi o “treino antes da prova”.
Curso de Memorização: Como Evitar 4 Erros Graves na Hora do Enem
Ela já havia realizado a prova em 3 edições anteriores e continuou persistente em busca da realização do sonho: na 4ª tentativa, ela conseguiu a pontuação suficiente para entrar no curso de medicina. “Ao longo do ano, eu fazia redações toda semana. Escrevia e levava para os professores corrigirem até aprimorar a escrita. Outra tática foi ler as melhores redações dos anos anteriores”, afirmou.
Ainda falando especificamente da redação, ela conclui: “Deixei na folha de rascunho e terminei as questões da prova objetiva. Quando terminei, li minuciosamente o texto, corrigi os erros e passei a limpo na folha de prova. Não entreguei antes de ler uma última vez. O cuidado final foi assegurar que não haveria erros de ortografia e pontuação, que poderiam tirar pontos”.
Os 5 erros mais comuns na redação do Enem
Além do tema, que não é divulgado antes da prova, os alunos precisam se atentar à algumas regras básicas que são corrigidas manualmente por uma equipe de avaliadores certificados. A prova é distribuída para dois avaliadores e, quando necessário, um terceiro é convocado. Quanto a correção, ela é dividida em 5 competências, sendo que cada uma delas vale 200 pontos:
1 – Domínio da norma padrão da Língua Portuguesa
Nesse quesito é observado o registro linguístico da norma culta e questões de ortografia e acentuação. Principalmente com a nova ortografia, existem muitas palavras que ainda causam dúvidas durante a execução da escrita. E é aqui que muitos estudantes tropeçam. A dica é: ficar atento e, em caso de dúvidas, use um sinônimo.
Para mandar bem, além da dica acima, é preciso ler muitos textos antes de fazer a prova final, seja livros, colunas de jornais ou revistas. É importante ter conhecimento sobre os diversos tipos, pensando na proposta de um livro ser mais formal e uma revista mais atual, por exemplo. Depois, é preciso treinar essa escrita. Escolha um tema atual e faça uma redação sobre ele. Conversa com amigos e peça uma correção de alguém que tenha capacidade.
2 – Compreensão da proposta da redação
O texto do aluno, em todos os casos, deve estar em um padrão dissertativo-argumentativo. O que é isso? É uma modalidade que consiste na apresentação de um raciocínio lógico que tenha uma descrição de pensamento e, obviamente, a defesa de um argumento. Em resumo, a redação do Enem precisa ter constância e opinião.
Esse tópico é muito comentando nos cursos preparatórios para os vestibulares, já que é comum durante a prova que os alunos, seja por nervosismo ou por desconhecimento, fujam do tema. E isso é um dos pontos que faz o aluno zerar a prova, por isso, é tão importante. Fugir do tema não é apenas falar de algo que não seja o que você sugerido na proposta da redação, mas vale também para quando o aluno não tem força suficiente para reunir argumentos que são diretos ao tema.
No Enem, o ideal é não “encher linguiça”, e sim, ser objetivo. Uma dica simples e importante é ler e reler e reler e reler o texto de apoio, que sempre aparece como base para a produção da redação. Reúna todas as informações que estão ali, some isso ao seu conhecimento prévio do assunto e faça uma boa redação.
3 – Organização e interpretação das informações
Como visto acima, você já sabe que precisa ter argumentos e conhecimento acerca do assunto que será tratado na proposta da redação. Mas não é só isso. Você também precisa argumentar bem sobre o seu ponto de vista.
Para isso, basta você se auto avaliar com os seguintes itens: seleção de informações, relacionamento entre elas, organização do pensamento e interpretação. Se todos esses itens estão de acordo com o tema, você já estará caminhando muito bem para ter uma boa nota.
Para esse tópico, a dica é: ser sincero nos seus argumentos e defender o seu ponto de vista com organização, levando em consideração que terão profissionais corrigindo seu texto no futuro. Mesmo que vamos falar disso mais abaixo, vale ressaltar que desrespeitar os direitos humanos, por exemplo, é um ponto de vista que nunca deve ser abordado. Afinal, mesmo que você tenha escolhido as melhores palavras do mundo, o seu ponto de vista sempre será o mais importante.
4 – Conhecimento dos mecanismos linguísticos
Com argumentos e organização, você está no caminho certo. Mas, faltam ainda algumas observações, como essa: dos mecanismos linguísticos. O nome é bonito e complicado, mas o significado é bem simples: estruturar as ideias e desenvolvê-las. Para isso, é preciso usar palavras chaves, que se conectam e dão sentido ao texto. É preciso também conhecimento básico da gramática e coerência e coesão.
É claro que se você tem um bom vocabulário, você tem mais chance de escrever corretamente e com mais presteza. Mas, atenção, não fiquem inventando palavras novas só porque acham bonita. Uma palavra mal inserida pode prejudicar toda a sua linha de pensamento. A relação entre os parágrafos, e a concordância deles, também é essencial nesse tópico.
Ou seja, dê continuidade ao seu texto com parágrafos que se conectam e usem, de forma correta, as preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais.
5- Elaboração da proposta interventiva para o problema
Se as regras acima forem aplicadas, você tem grandes chances de se dar bem no Enem. E agora, vem a cereja do bolo: a solução do problema. Mesmo porque, suponhamos que você já tenha disseminado sobre o assunto e organizado o seu pensamento, falta, agora, dar uma solução para o problema.
É aqui que entra a sua opinião, o seu argumento. É fundamental dar detalhes sobre o tema e sugerir as ideias que respeitem os direitos humanos, a cidadania, liberdade e diversidade cultural. A sua proposta tem que funcionar, ser real e não utopia. A dica é: insira sempre conceitos educacionais, como escola, autores de livros e família. Esses conceitos dão um peso danado à sua redação.
Cuidado para não zerar a redação
O Enem é uma das principais notas para a obtenção de uma vaga no ensino superior, principalmente se o curso for oferecido por uma universidade pública, através do SiSU (Sistema de Seleção Unificada). E, no caso da redação, o domínio é avaliado de acordos com as regras estabelecidas, como listadas acima.
Mas, antes dessas regras, tem um conceito fundamental que é a demonstração do conhecimento da língua portuguesa em sua norma escrita. E existem 6 formas desse conhecimento não ser considerado, o que pode fazer com que o candidato zere a prova. Analise cada um dos tópicos abaixo e nunca os cometa em uma redação:
- Fuga do Tema,
- Desobediência à estrutura dissertativo-argumentativa,
- Textos com menos de 7 linhas,
- Impropérios, desenhos ou outras formas propositais,
- Desrespeito aos direitos humanos,
- Entregar a folha em branco.
Como funciona a memória?
A memória forma a base para a aprendizagem. Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de informações do passado, não teríamos soluções disponíveis para utilizarmos em diferentes situações que vivenciamos.
Assim, a memória envolve um complexo mecanismo, que embora exista dentro de nós, não é consciente, e que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem.
Saiba mais: sobre o curso estudo de memorização.
Como conseguir nota máxima na redação do Enem
Se você não zerou a prova e se seguiu as regras fundamentais que serão avaliadas pelos educadores responsáveis, você tem muitas chances de tirar uma boa nota na redação. Mas, como então, conseguir nota máxima? Além de tudo isso, basta você se manter atencioso e zeloso com o seu texto.
Para isso, preparamos algumas das melhores dicas, comentadas por especialistas, para que você consiga atingir 1 mil pontos. Veja:
1 – Erros de Ortografia
As pegadinhas da ortografia é o maior vilão dos estudantes. Esses são os erros mais cometidos, por isso, é preciso atenção. Ainda mais com a nova ortografia, que está vigorando, apesar de ainda não ser obrigatória. Leia muito antes de fazer uma redação e use palavras já conhecidas.
2 – Erros com os Verbos
Erros Verbais são comuns também. É preciso saber conjugar verbos. E isto está sempre atrelado à algum pronome ou tempo verbal. Gerúndios e particípios também são importantes na construção do texto.
3 – Pontuação
Essa talvez seja a linha mais tênue da redação. Você não pode errar por excesso e menos ainda por falta. É preciso ter equilíbrio na utilização da pontuação, além, claro, de saber usar os variados tipos, como dois pontos, parênteses, aspas e ponto e vírgula, quando for o caso.
4 – Interpretação do texto
Você não deve ignorar os textos bases, usados para clarear as ideias da redação, que são colocados próximos ao tema. Entender o que foi proposto e interpretar os textos é fundamental para o bom desempenho do aluno na redação.
5 – Redação Prolixa
Já falamos disso, mas vale repetir: não adianta o texto ser longo se não tiver consistência. É isto!
6 – Começo, meio e fim
A sua história precisa ter começo, meio e fim. É apresentar o tema proposto, inserir as argumentações e concluir, com uma solução para tal problema.
7 – Argumentos contraditórios
A sua opinião conta muito, mas tenha firmeza nela. Evite ficar “em cima do muro”. Ser maleável com as palavras é diferente de não ter opinião formada. E as contradições não são bem vistas pelos avaliadores, para isso, é necessário ter concordância com as ideias.
8 – Falsos Argumentos
Também não adianta você argumentar sem ter clareza do que está falando. Dizer que a terra é chata ou que ela é o centro do universo, é um exemplo. Alguns conceitos ficaram no passado e você precisa estar atento ao mundo atual e sobre definições que estão sendo usadas hoje.
9 – Proposta de Intervenção
É no final do texto que você vai, de fato, concluir o seu pensamento. Mas a sua proposta de intervenção deve estar relacionada durante todo o texto. O ideal é que você introduza, logo no início, qual a solução que você vai dar para o problema. É importante incluir ela com o seus argumentos.
10 – Tema proposto
Já falamos disso também, mas vale uma atenção especial. É importante ficar atento à proposta da redação e ser coerente no seu pensamento. Se o tema tratar de problema de violência contra a mulher, por exemplo, você não deve defender tais atitudes, mas, sim sugerir alguma medida educacional e efetiva.
Enem 2016
O Enem de 2016 teve 9,2 milhões de inscrições confirmadas, de acordo com o MEC. Em relação à 2015, houve uma alta de 9,4%. “Essa é a segunda maior incidência de inscrições do exame desde a sua criação”, afirmou Maria Inês Fini, a nova presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). O primeiro recorde foi em 2014, com o exame teve mais de 9,5 milhões de inscritos.
Para aqueles alunos que prestaram o Enem 2016, as notícias são boas. Separamos algumas das principais universidades que, recentemente, divulgaram novas vagas pelo SiSU, que tem a pontuação do Enem como principal entrada para a faculdade.
UFSCAR – A UFSCAR (Universidade de São Carlos – SP) terá 2.873 vagas para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) em 2017. As vagas serão distribuídas em 64 opções de cursos presenciais e apenas 6 cursos não serão contemplados pelo programa.
UNIPAMPA – A Universidade Federal do Pampa, no Rio Grande do Sul, vai usar o Enem como forma de ingresso em 3.180 vagas. Do total, pouco mais da metade será para estudantes de escolas públicas e isso vai acontecer em, praticamente, todas as outras universidades em acordo com a Lei de Cotas.
UFMS – A Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) abrirá 4.575 vagas para os concorrentes do Enem, sendo divididas em 97 cursos.
UFRJ – A Universidade Federal do Rio de Janeiro abrirá 8.693 vagas para o programa do SiSU, sendo que metade das vagas serão para alunos que ingressão no primeiro semestre e a outra parte para alunos que vai começar os estudos no segundo semestre de 2017.
USP – A Universidade de São Paulo divulgou uma listagem com as notas mínimas exigidas e a quantidade de vagas: o curso de medicina, em Ribeirão Preto, um dos mais concorridos do país, estabeleceu apenas 500 pontos como nota mínima em todas as provas, uma valor muito baixo comparado à outros anos. Ao todo, a USP vai disponibilizar 11.072 vagas para os vestibulandos do Enem.
Enem também é porta de entrada para universidades de Portugal
Os estudantes brasileiros podem usar o Enem para ingressar em 18 universidades portuguesas. O número de vagas disponíveis, os cursos, os documentos necessários e o método são características diferentes para cada universidade.
Quanto aos cursos, a única exceção é o de Medicina e isso acontece porque as leis de Portugal só permitem estrangeiros que façam o vestibular tradicional.
Portugal é considerado por muitos como um país especial por ser pequeno e cheio de paisagens, que fazem parte da tradição do país. É terra natal do poeta Fernando Pessoa e tem uma comunidade estudantil de mais de 32 mil alunos estrangeiros. A maioria dos cursos são oferecidos em português, embora haja a opção do inglês, também.
Em 2014, Portugal foi avaliado como um dos melhores destinos para estudos de mais de mil alunos internacionais pela STeXX, uma plataforma de intercâmbio. A pesquisa mostrou ainda que 11 universidades receberam classificações de “muito bom” e “excelente”. O custo de vida lá é relativamente baixo quando comparado com outros países europeus, sendo que a média do gasto mensal de um estudante é de 600 euros.
Observação importante: e talvez vocês não saibam, mas mesmo sendo públicas, as universidades portuguesas cobram anuidades, que para os estrangeiros, variam de 3 a 7 mil euros, sem contar as taxas de inscrição e admissão. O lado bom é que existem os incentivos e as bolsas de estudos, que são boas alternativas.
Com informações do Estadão, fizemos a lista das 18 universidades com os respectivos contatos.
1 – Universidade de Coimbra
- E-mail: candidaturas-internacionais@uc.pt
- Telefone: +351 239 247 195
2 – Universidade do Aveiro
- E-mail: gri@ua.pt
- Telefone: +351 234 370 060
3 – Universidade dos Açores
- E-mail: gri@uac.pt
- Telefone: +351 29665 0406
4 – Universidade da Beira Interior
- E-mail: inter@ubi.pt
- Telefone: +351 275 319 700
5 – Universidade do Algarve
- E-mail: internacional@ualg.pt
- Telefone: +351 289 800 117
6 – Instituo Politécnico de Leiria
- E-mail: gmci@ipleiria.pt
- Telefone: +351 244 860 448
7 – Instituto Politécnico de Beja
- E-mail: acesso.ensino.superior@ipbeja.pt
- Telefone: +351 284 314 400
8 – Instituto Politécnico do Porto
- E-mail: ges@sc.ipp.pt
- Telefone: +351 225 571 016
9 – Instituto Politécnico Portoalegre
- E-mail: serviços.academicos@ipportalegre.pt
- Telefone: +351 245 301 533
10 – Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
- E-mail: geral@ipca.pt
- Telefone: +351 253 802 190
11 – Instituto Politécnico de Coimbra
- E-mail: ipc@ipc.pt
- Telefone: +351 239 802 359
12 – Instituto Politécnico de Guarda
- E-mail: info.ipg@ipg.pt
- Telefone: +351 271 220 162
13 – Universidade de Lisboa
- E-mail: estudanteinternacional@ulisboa.pt
- Telefone: +351 210 170 103
14 – Universidade do Porto
- E-mail: acesso.es@reit.up.pt
- Telefone: +351 220 408 237
15 – Universidade da Madeira
- E-mail: ipv@pres.ipv.pt
- Telefone: +351 291 705 270
16 – Instituto Politécnico de Viseu
- E-mail: ipv@pres.ipv.pt
- Telefone: +351 232 480 500
17 – Instituto Politécnico de Santarém
- E-mail: gmci@ipsantarem.pt
- Telefone: +351 243 322 427
18 – Universidade do Minho
Novidade: Aplicativo Enem
O MEC disponibilizou, no segundo semestre do ano passado, um aplicativo para os participantes do Enem. Ele pode ser instalado em qualquer aparelho – smartphone ou tablets – que tenha plataformas Android, iOS e Windows.
A ferramenta é uma opção para o acompanhamento das informações sobre as etapas do exame. Ele possui alertas, que permitem ao usuário selecionar quais informações serão importantes para ele. É possível também fazer um check list das ações já concluídas durante as etapas da prova.
Após a instalação, o aluno precisa inserir o login e a senha cadastrados no sistema de inscrição do Enem. A recomendação é baixar o aplicativo direto da loja de aplicativos do seu celular e confirmar o nome do desenvolvedor da ferramenta, que é o Inep.
Enem: O que é e como funciona
O Enem é um exame aplicado em todo o país anualmente pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão ligado do MEC (Ministério da Educação). A prova é composta por 180 questões, somada à redação, pauta principal desse artigo.
Segundo o MEC, o objetivo é avaliar a qualidade do ensino médio no país, mas, desde 2009, o exame se tornou muito usado para o ingresso de alunos nas principais universidades públicas do país.
Funciona assim: a nota obtida no exame pode também ser usada pelo participante em programas governamentais, tais como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Programa de Financiamento Estudantil).
O mesmo valia para o programa Ciência Sem Fronteiras, que financiava os alunos com bolsas de estudos e uma graduação no exterior, no entanto, com a crise financeira, o atual governo já anunciou que esse programa não estará mais disponível.
A prova pode ser realizada por qualquer aluno que esteja matriculado no ensino médio ou para aqueles que já concluíram tal fase de estudos, mas que buscam certificação e vagas nas escolas.
Com informações da Abril, UOL e G1
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