Estudo comprova que videogame pode ser benéfico para a memória

Os jogos eletrônicos podem recuperar ou ampliar áreas do cérebro que são responsáveis pela memória – e isso contradiz o que muitas pessoas pensavam sobre jogar videogame!

A notícia é cientifica é diz o seguinte: alguns tipos de games podem trazer benefícios para o cérebro. O estudo vem do Canadá e foi publicado na Plos One.

As análises neurais mostraram que a prática diária de videogames resulta (em adultos e idosos) no aumento das atividades do hipocampo, uma área do cérebro responsável pela memória.

O resultado provado pelos cientistas mostraram que esses games podem ser usados como estratégia na prevenção de problemas neurológicos que são naturais do processo de envelhecimento, especialmente o Mal de Alzheimer e outras demências.

O estudo teve início em 2014, quando a Universidade de Montreal recrutou voluntários de 20 anos que foram recomendados a jogar videogames – desde que a resolução fosse com base em tarefas lógicas ou quebra-cabeça.

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As análises provaram que os participantes tiveram aumento da matéria cinzenta do cérebro.

“Nós mostramos, anteriormente, que os jogos 3D podem aumentar a matéria cinzenta de adultos mais novos. Buscamos, portanto, replicar esse efeito em alguns adultos mais velhos e saber se o mesmo ocorreria, pois seria algo importante”, disse Gregory West, responsável pelo estudo.

Os métodos deram uma visão geral de que as atividades cerebrais tiveram mudanças em três áreas consequentes:

  1. O córtex pré-frontal dorsolateral (que controla o planejamento, a tomada de decisões e a inibição),
  2. O cerebelo (responsável por atuar no controle e no equilíbrio motor), e
  3. O hipocampo (que é o centro da memória).

Parte da explicação está na fala de Gregory, quando diz:

“O jogador precisa navegar em um ambiente virtual, confiando em um mapa cognitivo interno. Isso significa que a pessoa precisa confiar na própria memória interna do ambiente para navegar, em vez de, digamos, seguir pistas externas, como um sistema de GPS”.

“Quando as pessoas formam um mapa cognitivo, usam o hipocampo. Isso pode explicar por que esse tipo de jogo promove o aumento da matéria cinzenta nessa estrutura”, diz.

Além disso, os testes de Toronto revelaram melhorias neurais em indivíduos que participaram das aulas de piano.

“Quando o cérebro está aprendendo coisas novas, a matéria cinzenta se atrofia a medida que as pessoas envelhecem. A boa notícia é que podemos reverter isso e aumentar o volume aprendendo algo novo, como usando jogos 3D”, concluiu o pesquisador canadense.

Os videogames já são realidade no Brasil

Para o Hospital Anchieta de Brasília, o estudo canadense serviu como base para a implantação da técnica, que é muito explorada na neurologia e tem se mostrado cada vez mais promissora.

“Hoje em dia, temos usado muitos videogames para tratamentos clínicos. Quando você coloca a pessoa em uma realidade tridimensional, você testa a percepção dela, faz com que realize várias tarefas”, avalia Hudson Mourão, neurologista do hospital.

“Já foi provado que as áreas cerebrais que eu ativo quando estou jogando uma bola, por exemplo, são as mesmas ativadas quando me imagino fazendo essa tarefa”, avalia.

“Isso também muda teorias anteriores, quando se acreditava que novos neurônios só poderiam surgir por volta dos 20 anos de idade. É uma balela, essa capacidade se mantém quando somos mais velhos”, complementou.

Para Hudson, o estudo da equipe canadense é totalmente viável e correta.

As partidas eletrônicas podem ser estratégias de prevenção a complicações que causam déficit de memória, como as demências já citadas aqui.

“Acreditamos que isso é possível, mas existem alguns desafios que englobam, por exemplo, tornar esses tipos de jogos mais fáceis de serem usados por adultos mais velhos. Uma questão é que os controles são complicados e exigem destreza, algo que pode diminuir com a idade”.

“Queremos testar quais aspectos específicos do design do jogo causam esse impacto no hipocampo. Com esse conhecimento, poderíamos ajudar a desenvolver jogos que possam ser mais adequados para uso em ambiente clínico”, afirmou.

Outra pesquisa fala em implantes cerebrais

Uma equipe de pesquisadoras da Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos, criou um implante cerebral que consegue melhorar a memória humana de alguns pacientes. O estudo foi publicado e mostrou bons resultados.

Um deles diz que 30% dos pacientes tiveram melhora em testes de memória de curto prazo!

O implante, conforme a revista New Scientis, é um conjunto de eletrodos capazes de monitorar toda a atividade dos neurônios do hipocampo, uma região muito especifica do cérebro.

Essa tecnologia, em funcionamento, também foi capaz de conseguir emitir pequenos “choques elétricos”, o que melhorou substancialmente o desempenho das células.

A pesquisa foi feita com 20 voluntários que estavam recebendo tratamentos para a epilepsia. Eles fizeram alguns testes com a tecnologia e o tratamento já envolvia o implante de eletrodos, por isso, não houve efeitos colaterais de início para o cérebro.

Logo, o estudo tornou-se conveniente tanto para pacientes quanto para pesquisadores.

Em uma primeira parte, os eletrodos monitoravam a atividade do hipocampo dos pacientes enquanto eles realizavam um teste simples de memória – eles eram mostrados a figuras estranhas durante 10 segundos e depois tinha que lembrar qual era a figura vista entre várias.

No decorrer do teste, a memória de curto prazo foi relacionada as figuras e transformou-se em memória de longo prazo, disse a revista.

Quando isso acontecia, a informação passava pelo hipocampo através dos eletrodos e, assim, os pesquisadores conseguiam detectar os padrões de atividade que significavam que a memória estava sendo fixada no cérebro.

Depois dessa primeira parte, foi usado o BGR para calibrar o sistema. Daí, os cientistas eram capazes de prever com o auxilio de algoritmos quais eram as áreas do hipocampo que seriam ativadas em testes futuros de memória.

É como se ele fosse dar “uma forcinha” aos neurônios dessas áreas.

Então, nesse ponto os cientistas ativavam os eletrodos que emitiam pequenos choques estimulando o funcionamento – promovendo, consequentemente, a fixação das memórias.

O resultado? Um sucesso!

Os participantes tiveram desempenho 30% melhor nos testes quando usavam os implantes. A melhora é considerada discreta, mas é um indicador para mostrar que as soluções podem ser usadas para melhorar o funcionamento do cérebro com algumas tarefas.

Dong Song é um dos pesquisadores envolvidos nesse estudo.

“Estamos escrevendo o código para melhorar o funcionamento da memória, e isso nunca foi feito antes”, garantiu.

Ele diz que o implante pode ser usado como tratamento para doenças mentais derivadas de problemas com a formação de memórias, como a demência ou Alzheimer.

O mesmo método deve ser usado para melhorar a memória através do fortalecimento do desempenho de outras áreas do cérebro, com aquelas que são responsáveis pelos sentidos da visão ou dos movimentos.

Para isso, seria necessário apenas encontrar os padrões de ativação dos neurônios relacionados a essas atividades, ele diz. A partir disso, torna possível também prever padrões a partir de algoritmos e usando eletrodos para estímulos.

Como o uso excessivo da tecnologia afeta o cérebro

O cérebro funciona exatamente como qualquer outro músculo do nosso corpo, ou seja, precisa ser exercitado.

A opinião é geral entre os especialistas, entre eles, Fernando Gomes Pinto, que é professor de Neurocirurgia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, que é da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Principalmente referente ao uso das tecnologias, o médico diz que não é, necessariamente, a memória que é afeta, mas sim a capacidade de raciocinar.

“No caso da calculadora, por exemplo, mesmo sendo um equipamento importante, as pessoas deixam de usar o raciocínio lógico”.

Além disso, há de se destacar o poder da criatividade, que fica a mercê dos aparelhos multifuncionais.

“Da maneira como esses equipamentos são utilizados hoje em dia, as pessoas acabam por botar em prática muito pouco de suas habilidades criativas. E quanto menos criativo é um indivíduo, mais dificuldades ele terá para resolver problemas, seja no trabalho ou na vida cotidiana”.

Agora, especificamente sobre a memória, é preciso relembrar o que dissemos há alguns parágrafos acima: o cérebro é um músculo que precisa ser exercitado. Portanto, o conselho de mãe muito antigo é verdade: “quem estudo fica mais inteligente”, justamente porque estimula o cérebro.

Aí, tem outro detalhe importante: o exercício constante do cérebro é benéfico para evitar futuras complicações nessa região do corpo, como a doença de Alzheimer ou outras demências.

“Existem fatores de proteção para essa enfermidade. Um deles leva em conta a idade, pois quanto mais novo, menos chances de contrair o Alzheimer e o segundo tem a ver com os estudos. Quem estuda mais, mexe mais com a cognição, com a inteligência e passa a ter bem menos chances de desenvolver essas doenças”, diz o médico.

Na verdade, mesmo com opiniões adversas, o que a maioria dos especialistas confirmam é que é preciso ter equilíbrio no uso da tecnologia. “Longe de inibir, a tecnologia estimula o exercício da memória e o desenvolvimento do aluno. O importante é saber usá-la”, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, da PUCRS.

Reprodução: Google

O Google e a memória

O número do telefone dos amigos fica apenas na agenda do celular. Já as respostas para qualquer pergunta, estão nas buscas do Google. Essa é uma realidade do século, trazida, principalmente, pelas novas tecnologias.

Assim, essas duas situações mostram apenas o começo da mudança que a tecnologia trouxe para o nosso dia a dia. O volume crescente de pesquisas nos buscadores da internet sugere que a nossa memória está sendo prejudicada, mesmo que de uma forma indireta.

“A profundidade da nossa inteligência depende da nossa habilidade em transferir informações da nossa memória de trabalho, um tipo de bloco de notas do nosso consciente, para a memória de longo-prazo, que é o sistema de arquivamento da mente”, disse Nicholas Carr, autor de um artigo publicado na revista Wired, em 2010.

O estudioso fala também sobre a memória de longo prazo, que tem uma capacidade ilimitada para armazenar informações e a de curto prazo, que tem espaço limitado e é considerado muito frágil.

“Quanto fatos e experiências entram na nossa memória de longo prazo, somos capazes de tecê-los numa trama de ideias complexas que enriquecem nosso pensamento. Uma quebra na nossa atenção pode apagar o seu conteúdo da nossa mente”.

Essa quebra de atenção, que ele diz, é justamente a facilidade que encontrar em termos as respostas imediatas que estão dispostas na internet, no Google.

O que é Educação 3.0?

“Temos uma escola do século 19, um professor do século 20 e um aluno do século 21”, disse o especialista em educação Mozart Ramos ao se referir aos projetos e computadores que já estão no ambiente escolar e aos smartphones que não saem das mãos dos alunos e alunas.

Em teoria, a educação 3.0 é a abrangência da educação 2.0 (universalização do ensino) com a individualização da 1.0 (padrão de professor-aluno).

Na prática, esse modelo está sendo colocado em prática, aos poucos. É mais ou menos assim:

o professor ao invés de transmitir o conhecimento ao aluno, ele, simplesmente, tem a função de ajuda-lo a descobrir qual a melhor forma de aprender, orientando para com as fontes e métodos já existentes, mas, sempre, promovendo o pensamento crítico.

Em debates, fica claro que esse novo termo – o 3.0 – não quer dizer que a lousa de giz será trocada pela eletrônica e nem que o caderno será substituído pelo tablete.

Mais do que isso, é uma nova concepção de ensinar, de como ensinar, com o que ensinar e que tem como resultado final um processo educativo disseminado no panorama do contexto social e político.

Gregt Vestibulando: um dos primeiros resultados da educação 3.0

E nessa de tornar o aluno mais participativo, em Manaus, um aluno do Ensino Médio, que sonha em ser programador de Softwares, desenvolveu um aplicativo para celular e tablet, que pode ser usado dentro da escola, como uma ferramenta de auxílio aos estudantes para os vestibulares.

Gregt Vestibulando foi fomentado pelo Estado e disponibiliza conteúdos programáticos dos assuntos estudados no Ensino Médio, divido por disciplinas e séries.

“Nós pensamos em uma forma de ajudar os colegas porque no interior o acesso à internet é mais difícil, o sinal é fraco. E como temos uma carência muito grande de livros, decidimos colocar tudo no app, que funciona off-line”.

“Usamos a internet apenas para baixar o conteúdo, mas os assuntos sempre ficam disponíveis, mesmo sem rede”, explica o inovador.

Para os curiosos, a sigla Gregt  é a junção da primeira letra do nome de cada um dos alunos que fizeram parte do desenvolvimento do aplicativo.

Agora, a equipe trabalha para atualizar o app e também para criar outras 2 ferramentas, que poderão ser usadas no comércio local.

Bônus – Jogos que Estimulam o Cérebro e a Memorização

Assim como o corpo, o cérebro precisa ser exercitado todos os dias.

E, se o celular é o seu companheiro diário, então, por que não usá-lo de forma produtiva?

Já levou em conta jogar alguns aplicativos que tem ajudam com conceitos de lógica, memorização, raciocínio… de forma divertida? Essa é a ideia desse parágrafo, trazer algumas ideias de jogos para você se divertir – e de tabela, turbinar o cérebro.

Contre Jour

O jogo foi lançado para iOS, mas o sucesso foi tanto que o levou também para outras plataformas – como Windows Phone e Android.

A ideia é que o usuário crie alterações no ambiente para que o personagem Petit consiga alcançar outros elementos no cenário – e, diferente de outros apps, você não controla o protagonista do game.

O grande diferencial do jogo é a trilha sonora, que é marcante. Além dos gráficos bem desenhados e com efeitos de iluminação.

Amazing Alex

É um jogo dos mesmos criadores de Angry Birds.

Esse puzzle exige muito raciocínio e a ideia é ajudar Alex a ocupar o seu tempo com atividades mirabolantes.

A jogabilidade foi inspirada no clássico game para computadores The Incredible Machine, da década de 1990 – tem cenários divertidos, um protagonista simpático e músicas animadas.

Glean

O nome é simples, mas o jogo é muito divertido. O objetivo é desenhar um caminho a partir de um ponto inicial para coletar todos os elementos sem tirar o dedo da tela.

Flow Free: Bridges

É um jogo desafiador no qual o objetivo é conectar tubos da mesma cor – parece simples, mas não. Existem mais de 500 puzzles disponíveis – o título vai colocar o seu cérebro para funcionar e consumir os seus minutos de descanso.

TrainBrain

É indicado para quem quer aprimorar o reflexo através de cálculos rápidos que são exigidos pelo game – além disso, você se torna um melhor aluno em matemática, com certeza.

The Room 2

É aquele tipo de jogo que “frita” o seu cérebro.

Se você não jogou a primeira edição do game, faça isso agora mesmo.

The Room exige um dispositivo poderoso com uma quantidade decente de memória RAM.

Fit Brains Trainer

É um dos aplicativos mais baixados do gênero – é considerado um programa de aptidão cerebral projeto cientificamente por neuropsicólogos dos Estados Unidos.

Melhorar a memória e aumentar a concentração são os principais benefícios do aplicativo.

Brain N-Back

Foi inspirado durante o evento Brain Workshop e proporciona desafios que podem ajuda-lo no aprimoramento da memória e da inteligência .

MatchUp: Exercite sua Memória

É um aplicativo criado para exercitar o cérebro – sendo que o objetivo é combinar pares de cartas com o menor número de tentativas possíveis e, para isso, as habilidades de memorização serão colocadas à prova.

Little Things Forever

A ideia desse jogo é encontrar objetos – e mesmo que isso pareça fácil, saiba que não é. Na prática, a exploração dos mosaicos montados por centenas de itens podem consumir muitas horas do seu dia.

Você pode deixar o seu cérebro preparado, já que são centenas de peças que devem ser coletadas em uma lista de itens.

Apparatus

É um tema de física realista onde o jogador tem que colocar o seu cérebro para trabalhar a todo vapor – no jogo, o objetivo é montar estruturas simples para conseguir mover os objetos.

Você pode criar o que quiser, desde que seja eficaz.

Threes!

Tem design minimalista e um visual simples – e é considerado por muitos como um dos games portáteis mais incríveis da atualidade. Parece complexo e realmente é, tem coragem?

O objetivo é fazer pares numéricos sempre juntando dois números iguais que somados viram um só.

Lumosity

É um dos mais populares aplicativos que disponibiliza atividades diárias para que você coloque o seu cérebro para funcionar – foi feito por neurocientistas e inclui a prática da memorização e da atenção.

91 Logic Games – Time Killers

Ao todo são 91 tipos de exercícios mentais únicos para que você consiga colocar o seu cérebro para funcionar – o aplicativo tem 5 níveis com vários desafios.

Monument Valley

Foi lançado recentemente e é um game indie, que combina arquitetura e diversos puzzles para preencher seu precioso tempo.

Elevate

Tem como foco a melhora de habilidades matemáticas, como o desenvolvimento da memória, velocidade de processamento e concentração. O jogo se destaca pela possibilidade de escolher a área do conhecimento que se quer desenvolver.

Peak

O app permite que o usuário escolha a habilidade que quer treinar – que pode ser foco, memória, problemas, agilidade mental ou linguagem. O destaque é a análise detalhada do desempenho do jogador, com comparativos, mapas cerebrais e visualização de dados.

Eidetic

Esse jogo é focado apenas no desenvolvimento da memória – sendo essa a atividade trabalha por meio do método de repetição. A ideia é ir aumentando o intervalo em que o jogador tem de memorizar a informação exposta.

Memrise

O foco dele também é turbinar a memória, mas com o aprendizado de idiomas. A técnica permite que o cérebro aprenda até 44 novas palavras por hora – a meta são personalizadas para cada usuário.

Happify

Tem o objetivo de aperfeiçoar o cérebro de uma forma diferente – tornando o usuário mais feliz, afastando-o do negativismo e consequentemente dos pensamentos ruins. Para isso, oferece atividades como agradecimento e apreciação das coisas pequenas.

Com informações do revistaencontro e correiobraziliense

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