Na hora de passar no concurso público, existem muitas técnicas e estratégias de estudo. Mas, o que poucos sabem e prestam a atenção é na banca examinadora. No entanto, isso faz toda a diferença para estudar da forma correta e conseguir a melhor pontuação possível ao final da prova.
“O candidato que conhecer o estilo da banca, suas exigências e o nível de dificuldade, estará mais preparado para a prova, fugindo de erros e surpresas”, diz Pedro Moura, que é presidente do Grupo Nova, especializado em material didático para concursos públicos.
Sobre o assunto, separamos as principais bancas, confira quais são elas no decorrer do texto.
Motivação e Aprovação
A aprovação começa sempre pela motivação, que é um dos principais fatores para o sucesso no concurso público.
A ideia não é optar pelas bancas examinadoras mais fáceis de passar simplesmente para ter uma autoconfiança e sim acreditar na possibilidade de estar tão bem preparado para passar em qualquer prova.
A ordem dos fatores deve ser ao contrário: primeiro, escolhe qual concurso vai prestar, conforme a função, o salário, a cidade, a disposição. Depois, estuda-se a banca examinadora.
O objetivo do concurseiro deve ser estudar ardentemente para ser aprovado.
Para isso, com a motivação certa, basta criar um plano de aprovação eficiente. Para isso, existem várias técnicas de estudo eficientes e cronogramas. Os melhores passam pelo conhecimento da banca examinadora.
Sobre as Bancas Examinadoras
Elas são as responsáveis pela elaboração, divulgação e organização do concurso público. Normalmente, é composta por professores permanentes ou contratam alguns especificamente para a elaboração das questões das provas.
No país existem várias bancas e, por isso, é tão importante conhecer cada uma delas, conforme o concurso a ser prestado. Se você já sabe qual é a sua prova, confira abaixo as informações preliminares de cada uma delas.
Quanto à criação das provas dos concursos públicos, o órgão passa à banca organizadora o perfil do candidato desejado e com esse limite de proficiência mínimo estabelecido, caberá a banca desenhar o processo de forma eficiente.
Quanto maior é o processo, menor é o risco de alguém não ter as habilidades necessárias e exigidas. Ao menos, na teoria.
Assim, por mais rigorosa que seja a avaliação, sempre o candidato vai ter chances estatísticas de passar e outros de não serem aprovados, por inaptidão.
Para ir um pouco mais além, e falando em termos informais, algumas pesquisas indicam que, na média, a cada 20 concursos públicos, existe 1 sortudo dentro todas as vagas, ou seja, alguém que passou “por sorte”.
Esse número representa uma porcentagem de 0,05%. Mas, isso não quer dizer que ele não sabia nada, mas que tinha o mínimo para ter sucesso.
Portanto, a outra grande parte, que á maior parte, representa as pessoas que estudaram muito, inclusive, buscaram conhecimentos sobre as bancas.
Fundação Carlos Chagas (FCC)
Essa banca é especialista em realizar concursos federais, estaduais e também municipais.
Normalmente, as questões geralmente são bastante objetivas e extensas, mas sem mistérios.
Para Isis Cordiola Agostin, revisora do grupo Nova, os candidatos devem ficar atentos com as provas de português e de direito que são bem equilibradas e exigem um grau de análise e conhecimento literal às leis.
“Em Direito, a FCC cobra muita letra de lei em questões que podem apresentar casos”, afirma.
Normalmente, nenhum item do edital é deixado de fora, sendo que as “pegadinhas” podem atrapalhar os concurseiros mais desatentos que não focam nos enunciados das questões de múltiplas escolhas.
“Eles costumam pedir para o candidato assinalar a alternativa incorreta e acabam pegando muita gente nesse detalhe”, diz Isis.
Para essa banca examinadora, o aluno deve sim conseguir memorizar o máximo de leis possíveis e treinar muito as redações.
“É interessante o candidato praticar com provas anteriores porque a forma da questão geralmente é a mesma, não muda muito de um concurso para outro”.
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe)
Com certeza, é a banca examinadora mais temida pelos concurseiros e realiza as provas ditas mais importantes, como a do concurso público do Banco do Brasil e do Banco Central.
“As questões são sempre multidisciplinares e complexas”, garante Isis.
Assim sendo, a matéria de português é a mais longa e cansativa, também conforme a especialista.
O Cespe sempre usa questões onde é preciso assinalar certo e errado nos enunciados e isso, na real, pede uma atenção redobrada dos alunos – mesmo porque a banca anula cada questão que o concurseiro errar.
“Por isso, é melhor evitar os chutes porque há o risco de diminuir os pontos”, avisa a revisora.
Atualidades também costuma ser cobrado com intensidade. “O Cespe cobra muita jurisprudência, eles querem que o candidato esteja sempre muito atualizado”, garante.
Para os candidatos à vagas que tem o Cespe como organizador, vale a pena praticar a leitura dinâmica e concentrada para não perder muito tempo de prova lendo os enunciados.
“Isso só é possível com muito treino”.
Fundação Cesgranrio
Costuma realizar concursos também grandes, como da Petrobras, de vários bancos, do IBGE e da Liquigás.
O nível da exigência é considerado alto, mas não tanto quanto o da Cespe. A banca é reconhecida por ser metódica, com provas separadas por matérias.
“As questões são parecidas com as da Fundação Carlos Chagas, com a cobrança de texto de lei e enunciados não tão complexos quanto os do Cespe”, avisa Isis.
A Cesgranrio também costuma usar muitos gráficos e imagens nas questões de atualidades, raciocínio lógico e interpretação de texto.
“A prova de inglês é considerada difícil e o candidato deve ficar atento às questões de interpretação de texto”, diz Isis.
A dica para quem está estudando essa banca é: pratique provas de concursos anteriores, já que a banca costuma adaptar as questões “velhas”, mantendo os mesmos pensamentos, fundamentos e formatações.
Fundação Getúlio Vargas (FGV)
“É uma banca imprevisível, não tem padrão, muda muito de uma prova para outra”, analisa, friamente, Isis.
Normalmente, essa banca examina provas de concursos municipais, da Polícia Civil e de Secretarias, sendo responsável, por exemplo, pela prova da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil.
O lado bom é que apesar dos não padrões existem características que são frequentes: “traz textos longos para interpretação de texto e gramática. Na parte de direito tem cobrado casos práticos e questões multidisciplinares envolvendo também texto de lei”.
O ideal é estudar muito em cima do que está no edital, sem deixar qualquer item de fora.
“Pode cobrar até nota de rodapé”, brinca Isis.
Assim, vale observar também que existem muitas bibliografias exigidas porque elas são cobradas também – logo, é preciso apostar na diversidade dos exercícios.
Fundação Euclides Cunha (FEC)
Já fez concursos para o Detran, Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Escola Técnica do Arsenal da Marinha (ETAM), Orquestra Filarmônica do Espírito Santo.
Para quem não sabe, a FEC está ligada à Universidade Federal Fluminense (UFF), sendo uma empresa responsabilizada por aplicar as provas dos concursos públicos, além de outros processos seletivos, como pesquisas e extensão.
A prova costuma ser rápida, com questões de múltipla escolha e as perguntas também costumam ser curtas, o que torna a prova fácil de ser resolvida. Assim como os enunciados.
Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES)
É uma instituição com fins não econômicos e tem atuação em processos seletivos de capacitação profissional, examinando provas como do Senai, Procon, Polícia Civil, OAB.
As provas são do tipo tradicional e voltadas para a área de atuação do cargo, inclusive, a parte da Língua Portuguesa, que tem textos temáticos, ou seja, de acordo com a especialização do candidato.
Na área de direito, cai direito constitucional e administrativo, com questões repletas de cópias fiéis da constituição, bem como as leis secas. A jurisprudência é menos cobrada do que a Doutrina dos juristas, que é mais exigida.
Vunesp
É responsável por concursos grandes também, como da Polícia Civil de São Paulo, além dos tribunais de justiça, Cetesb, prefeituras paulistas e outros.
“A prova de português costuma ser muito elementar, cobrando muita gramática, sendo que algumas questões serão mais complexas. Em direito, o candidato tem que conhecer bem o texto da lei”, afirma Isis.
A especialista conta que os concurseiros tem que ficar atentos ao perfil da Vunesp, que pode mudar em um futuro próximo. “Ainda é uma prova tranquila, mas estão querendo complicar um pouco”.
Para o momento, o ideal é apostar em textos de lei e no estudo da gramática, resolvendo questões de provas anteriores para conseguir conhecer o estilo das questões.
Esaf
Não é tão temida como a Cespa, mas deixa todo concurseiro de cabelo em pé. É a banca examinadora de concursos públicos como da Fazenda e do Tesouro Nacional.
“É uma banca polêmica que traz temas em que não há consenso entre os doutrinadores. Diante disso, seus concursos acabam tendo volume de recursos o que pode até atrasar o andamento da seleção”, destaca Isis.
De forma geral, as questões são consideradas “bem elaboradas” e complexas, sempre incluindo estudo de casos em direito e cobrança da letra da lei.
“O candidato tem que estar bastante preparado porque o grau de dificuldade é de médio para alto”, afirma.
Assim sendo, como a banca não costuma cobrar todos os itens expressos no edital, quem vai fazer as provas de concursos anteriores é uma boa maneira de direcionar os estudos para os conteúdos que aparecem mais frequentemente, conforme argumenta Isis.
Consulplan
É uma empresa privada que atua na organização e na aplicação de concursos públicos, levando a abordagem didática e sem exigir muito conhecimento sobre atualidades. Os textos são curtos e pequenos e, normalmente, retirados de jornais ou poemas.
A Consulplan faz provas para concursos do Tribunal Regional Eleitoral, Aeronáutica, Embrapa, Ministério Público e outros.
A área de direito é cobrada de forma incisiva, sendo que a lei seca cai com muita constância, além das cópias literais da Constituição Federal.
A parte de informática é considerada a mais fácil, com perguntas sobre o dia a dia do usuário do computador.
As 10 Melhores Técnicas de Estudos para Passar em Qualquer Concurso Público, inclusive no Cespe e na Vunesp, segundo a Psychological Science
Técnicas podem ajudar na agilidade em acertar uma resposta, por exemplo. E, sem contar, que você não precisa ficar o dia todo estudando e correr o risco de ter um “branco” na hora da prova, se não souber memorizar algumas palavras e números.
Pensando nisso, a revista científica americana Psychological Science publicou as 10 técnicas mais utilizadas pelos estudantes e classificou-as pelo grau de utilidade.
Grifar: O uso da canetinha amarela é super usada para selecionar as partes mais importante, porém, foi considerada de utilidade baixa pela revista.
Releitura: Esse, apesar do que os especialistas falam, foi considerado de baixa utilidade, também. Entretanto, o estudo mostrou que determinados tipos de leitura podem ser melhores do que os resumos ou grifos.
Mnemônicos: São usados para aprender sobre fundamentos, princípios e leis. Porém, o estudo também considerou de baixa utilidade, já que são efetivos apenas com o uso de palavras-chaves.
Visualização: É outra técnica de utilidade baixa e, embora não tenha tido resultado satisfatório, foi considerado como positivo quanto ao uso de mapas mentais.
Resumos: De utilidade baixa, mas são úteis para provas escritas.
POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, o estudo indicou esses 5 pontos como de baixa utilidade, mas quando são aplicados em conjunto, tornam-se o resultado exponencial. Ou seja, solitárias, elas não são boas técnicas, mas juntas, podem fazer a diferença. Continue Lendo:
Interrogação Elaborativa: De utilidade moderada já que o estudante cria explicações que justifiquem as respostas, o que torna mais fácil de aprender.
Auto explicação: É explicar um conteúdo com as próprias palavras e é efetivo se usado durante o aprendizado. De utilidade moderada.
Estudo Intercalado: Ela tem utilidade maior em aprendizados que envolvem movimentos físicos e tarefas cognitivas e é considerado de utilidade moderada.
Teste Prático: Utilidade Alta e é 2 vezes mais eficiente do que outras técnicas, sem contar que existem vários sites com as provas anteriores de concursos específicos.
Prática Distribuída: Também é de utilidade alta e mostra que as sessões de estudos com distribuições de sessões te faz lembrar-se dos assuntos por algo em torno de 5 anos.
Como visto, todas as técnicas exigem eficiência e esforço do seu cérebro, e quanto mais ativo você estiver, mais irá aprender.
A dica é: combinar técnicas mais fáceis com aquelas consideradas de mais utilidades. Ah, e se você não sabe exatamente como colocar na prática cada uma dessas técnicas, precisa fazer o curso do Renato Alves.
Biografia – Renato Alves
Renato Alves foi o primeiro brasileiro a receber através de homologação oficial, o título de melhor memória do Brasil pelo ranking Brasil, o livro dos recordes nacionais.
A conquista inédita foi resultado da aplicação de um método próprio de memorização que o permitiu gravar uma sequência de 110 palavras aleatórias e número com 110 dígitos aleatórios em 4 minutos. Foi o primeiro recorde brasileiro de memorização.
A técnica que desenvolveu foi batizada de Método Renato Alves e tornou-se referencia em treinamentos de aprendizagem acelerada.
Antes de conhecer a memorização e desenvolver o próprio método, Renato Alves foi um aluno abaixo da média. Assistia aulas inteiras para logo depois se esquecer de tudo. Estudava para provas e, no momento decisivo, não se lembrava de nada.
O resultado dessa suposta falta de memória refletia no boletim, recheado de notas baixas, e no estado de ânimo para os estudos, cada vez mais reduzido.
Os esquecimentos também interferiam no trabalho gerando perda de tempo, material, dinheiro e produtividade. Renato buscou ajuda, tratamentos e remédios para memória, mas a solução definitiva ele encontrou nos velhos textos com os métodos de memorização utilizados desde os tempos da grécia antiga.
Aprofundou-se nos estudos da memória e em pouco tempo transformou sua memória deficitária em uma super memória. Leia Mais!
Os Tipos de Alunos
Os pesquisadores mostraram que todos estudantes podem aprender um mesmo assunto de forma diferente, levando em conta que alguns tem facilidades e modos diferentes para tal.
Identificar o seu tipo de estudo ideal pode te levar mais rapidamente ao sucesso, maximizando sua experiência educacional.
Depois, é preciso levar em conta também que a leitura e a escrita pode ser pontos de partida para o aprendizado, já que nele o aluno vai conseguir memorizar as duas tarefas de uma só vez.
Para isso, você terá que assumir uma postura adequada conforme o seu tipo – que vamos listar abaixo.
Antes de aprender sobre os tipos de alunos, saiba que o site worldwidelearn.com mostrou, com pesquisa, que 27,6% das pessoas se consideram cinestésicas, enquanto que 26,8 preferem a prova tradicional – escrita/oral. Depois, 25,1% são auditivas e uma pequena porcentagem 20,6% são visuais.
Confira os tipos mais comuns de alunos:
ALUNOS VISUAIS
São aqueles que se saem melhor em interpretação de gráficos ou mapas, artigos ou qualquer questão que tenha a ver com processos. Para ele, as perguntas orais são as piores.
Essas pessoas tendem a aprender mais facilmente quando desenham ou grifam informações, copiam o que está na lousa, transformam frases em esquemas, tomam notas em forma de listas, usam cores e círculos e mapas mentais.
Se você ainda não sabe se é um aluno visual, leve em conta que essas pessoas tem como características a fala rápida, a facilidade em olhar e analisar gráficos e diagramas, preferem estudar em silêncio, pensar em formas de figuras, tomam notas em detalhe e na aula gostam de sentar na frente.
ALUNOS AUDITIVOS
São os alunos que sempre respondem questões sobre a aula expositiva ou palestras, além das orais. Para eles, a prova tradicional – baseada em leitura e escrita – são as piores, ainda mais se somar a isso o fato de terem limite de tempo.
Os alunos auditivos costumam usar como método de estudo a repetição de conteúdo oral e feita com olhos fechados, além de ter a ideia de gravarem palestras e vídeos, participar de discussões em grupos, gravas suas próprias anotações e criar associações com palavras para ajudar na fixação do conteúdo.
Para você saber se está nesse grupo, observe características como falar devagar e bem explicado, ser auditivo por natureza, repetir coisas em voz alta, pensar linearmente, ler vagarosamente ou preferir ouvir ao invés de ler as informações.
ALUNOS CINESTÉSICOS
Esses alunos gostam de definições curtas e questões de múltiplas escolhas, por outro lado, não gostam de provas escritas com longos testes ou aquelas mais tradicionais.
Eles têm facilidade em estudar em pequenos blocos de tempo, priorizando as aulas práticas. Fazem viagens durante o tempo de estudo e estudam em grupo. Por fim, também gostam de usar jogos de memória ou outras formas lúdicas para memorizar os fatos.
As principais características deles são: falar devagar, aprendem pela prática e resolvem o problema da vida real, preferem a prática, não ficam muito tempo parado e quando ficam se sentem nervosos, quando vão estudar fazem intervalos longos e sofrem com períodos que precisam de atenção total.
Com informações da Abril
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