Após a realização das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os estudantes buscam maneiras de conseguir usar tal nota para conseguir uma vaga no ensino superior.
Existem 5 grandes opções para todos esses alunos, confira!
Sisu
O Sistema de Seleção Unificada é para universidades federais, estaduais e institutos de tecnologia oferecem vagas a candidatos participantes do Enem.
Para se inscrever, basta o candidato ter tirado uma nota maior do que 0 na redação – logo, quanto maior a nota, maior a chance de classificação.
Várias Universidades optam por usar a nota do Enem como único método de seleção. Existem aquelas ainda que preferem somar essa nota ao seu próprio vestibular.
Em números, o Sisu já recebeu a adesão da maioria das universidades e institutos federais, e na última edição, ofereceu mais de 205 mil vagas.
Os candidatos são selecionados através de um sistema online, que tem como base a nota obtida pelo estudante no Enem.
Também pelo site é possível acessar às vagas disponíveis, tão bem como as instituições participantes e os cursos. Cada candidato pode optar por até 2 cursos, por ordem de preferência, instituição, local, turno e modalidade.
Prouni
O Programa Universidade para Todos oferece bolsas de estudos integrais e parciais para cursos de graduação e cursos sequenciais de formação especifica em faculdades particulares.
Para participar, o candidato precisa ter feito o Enem e com desempenho superior a 450 pontos na média das provas e uma nota acima de 0 na redação.
É uma bolsa de estudo que varia de 50 à 100% do curso de uma instituição privada do ensino superior. Para concorrer a essa opção, o candidato precisa ter nota mínima de 450 pontos no Enem e não pode ter zerado a prova.
Na última edição, foram ofertadas mais de 213 mil bolsas em mais de 1 mil instituições.
Além da nota, também há outras exigências, como, por exemplo, ter feito todo o ensino médio na rede pública ou na rede particular como bolsista integral e não ter diploma do ensino superior.
Portadores de necessidades especiais e professores de rede pública também podem se inscrever.
Fies
O Fundo de Financiamento Estudantil subsidia mensalidades de cursos em instituições particulares a juros baixos e com prazos facilitados, sendo pagos apenas após a conclusão do curso.
Aliás, a pessoa que fez qualquer Enem e tem essas notas pode participar – não precisando ser o da última edição.
Como o nome diz: é um financiamento e focado em alunos que concluíram o ensino médio a partir de 2010 e querem entrar em uma universidade. Para tal, também é preciso da nota do Enem, como já sabemos.
E, a nova regra é a mesma do PROUNI: tirar mais de 450 pontos no exame e não zerar a redação.
A vantagem, além de ser um financiamento, é que a taxa é considerada baixa: de 6,4% ao ano para todos os cursos. Mas, para tal, é preciso comprovar renda familiar mensal bruta de até 3 salários mínimos.
Mudança: Desde janeiro de 2013, não há mais necessidade de apresentar fiador e atestado de idoneidade para o cadastro.
Pronatec
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego oferece cursos gratuitos em âmbito nacional.
Um deles é o curso técnico, valido para quem concluiu o ensino médio – por exemplo.
No foco do programa está a oferta de cursos de educação profissionais de nível médio presencial ou qualificação profissional, melhoria da qualidade do ensino público, ampliação de oportunidades educacionais e estímulo à geração de emprego e renda.
O Pronatec é dividido em 5 iniciativas. Conheça-as:
I – Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica
Composta por 38 institutos Federais de Educação, 2 centros Federais de Educação e 24 Escolas Técnicas, além do Colégio Pedro II, o que totaliza 562 campi em funcionamento.
II – Programa Brasil Profissionalizado
Destinado à ampliação da oferta e fortalecimento da educação profissional integrada ao ensino médio nas redes estaduais.
Até o fim de 2015, foram reformadas 342 escolas públicas estaduais aptas a ofertar cursos técnicos integrados.
III – Rede e-Tec Brasil
Oferece cursos gratuitos técnicos e de qualificação profissional, na modalidade à distância. Participam instituições da Rede Federal e unidades dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, tais como o SENAI, SENAC, SENAR, SENAT.
IV – Acordo de Gratuidade com os Serviços Nacionais de Aprendizagem
Aplica recursos ao SENAI E SENAC para apoio em cursos técnicos e de qualificação profissional, com vagas destinadas à pessoas de baixa renda.
Em 2014 as instituições atingiram uma alocação de quase 70% da receita líquida dos programas de gratuidade.
V – Bolsa-Formação
São ofertados cursos técnicos e de formação inicial e continuada ou qualificação profissional que utiliza estruturas já existentes nas redes de educação profissional.
São cursos para estudantes do ensino médio, para quem já concluir esse ensino e para jovens e adultos, com cursos de qualificação.
E o Sisutec?
É uma vaga gratuita em cursos técnicos oferecidos pelas instituições públicas e privadas. Aqui, o candidato também precisa usar a nota do Enem e essas notas serão usadas como classificação entre os concorrentes.
Ingresso direto
Com o resultado do Enem em mãos, o candidato pode concorrer a vagas em várias universidades sem a necessidade de prestar vestibulares.
Algumas faculdades aceitam o Enem na primeira fase de sua seleção e outras a usam como complemento da nota.
PROUNI e FIES juntos?
Em resumo, você viu até agora que: o PROUNI e o FIES são programas do Governo Federal de acesso ao ensino superior privado.
No primeiro, é possível obter bolsas de estudo e no outro, empréstimos à juros baixos para pagar as mensalidades da faculdade privada. Sendo assim, a pergunta que fica é: será possível conseguir fazer parte dos 2 programas? Sim!
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O estudante que conseguiu uma bolsa parcial, ou seja, de 50%, do PROUNI pode usar o financiamento do FIES para pagar a outra metade da faculdade.
Essas novas normas foram publicadas no dia 29 de dezembro de 2014 no Diário Oficial da União. Para tanto, é preciso se atentar às novas regras, que passaram a vigorar em 2015:
- FIES e PROUNI podem ser requeridos ao mesmo tempo, desde que sejam utilizados para pagar o mesmo curso, na mesma instituição em que o estudante tem a bolsa do PROUNI. A soma dos dois benefícios não pode ser superior ao valor dos encargos educacionais, com desconto.
- A faculdade cadastrada para a obtenção da bolsa do PROUNI deve participar também do FIES.
Dados Importantes sobre os Programa Federais de Incentivo à Educação
Segundo informações da Abril, o FIES e o PROUNI financiam os estudos de 1 a cada 3 alunos do ensino superior privado em 18 estados do Brasil. Considerando todos os estados, a proporção de beneficiado é de 30%, sendo 22% apenas do FIES.
Os dados são do IDados, instituto de pesquisa educacional que usou como base informações do MEC. Atualmente, dos 5,9 milhões de estudantes do ensino superior particular do país, 2,33 são usuários dos programas.
Acre (74%), Mato Grosso (67%) e Amapá (58%) são os estados com mais proporção de beneficiados. No caso do Fies, cerca de 58% se concentram em 9 cursos, sendo os mais procurados:
- Enfermagem,
- Fisioterapia,
- Engenharia Civil,
- Psicologia e
- Direito.
E os grandes grupos educacionais são: Estácio, Anhanguera, Unip e Laureate, que representam 30% do total.
Como Funciona a Nota do Enem para Ingressar na USP
A partir de 2015 a USP começou a usar a Nota do Enem como forma de Ingresso no seu Vestibular.
E nesse ano há outra novidade: o Curso de Medicina também vai se aproveitar do sistema de provas para dar nota aos alunos candidatos. Isso torna a prova indispensável para quem quer entrar na USP – Universidade de São Paulo.
No entanto, a Fuvest – Prova Específica da USP – continuará valendo normalmente. Assim, ainda que muitas vagas dessa universidade sejam disponibilizadas para quem prestar o Enem, outra grande parte só será destinada aos que prestar a Fuvest.
De forma prática, se você estudou em escola pública no Ensino Médio, pode prestar o Enem e a Prova da Fuvest. Para os alunos das escolas particulares, o ideal é fazer a Fuvest, com certeza.
Vai entrar em uma Faculdade? Faça o Enem
O Enem é uma prova elaborada pelo Ministério da Educação que tem como objetivo central verificar o domínio das competências e habilidades dos estudantes que concluíram o Ensino Médio.
Mais do que isso, ele serve como estrutura para o avanço do aluno no Ensino Superior. Os alunos que pretendem ingressar na faculdade através dos programas públicos precisam praticar essa prova.
Tais programas são: Prouni, Fies e também o Sisu. Sobre eles, vamos falar mais adiante. Mas, apenas para que saibam: a escolha de qual programa participar deve levar em conta as suas condições financeiras e o seu desempenho no Enem.
O Governo abre as inscrições, em uma sequência lógica, para o que aluno tente uma vaga no Sisu, depois no ProUni e por fim, no Fies.
Antes de prosseguir, temos, infelizmente, uma notícia triste aos estudantes.
Em julho do ano passado, o atual presidente Michel Temer, interrompeu a concessão de novas bolsas de intercâmbio internacional para os estudantes de graduação do programa Ciência Sem Fronteira.
Além dos 3 citados acima, esse era outro programa público que apoiava os estudantes em busca de pesquisas e conhecimento.
O lado “menos” pior é que, ficou “conversado” entre os governantes que o programa não foi extinto, apenas paralisado para que seja possível criar uma nova modalidade de bolsas no exterior também para os alunos mais carentes do ensino médio e que estudam em escolas públicas.
Mas, para tal, será preciso um novo orçamento.
Outro benefício do Enem é a possível emissão do Certificado de Conclusão do Ensino Médio, desde que o aluno tenha feito, ao menos, 450 pontos nas provas objetivas e 500 na redação para receber o diploma do colégio através do exame.
Para fins de conhecimento: o Exame é composto por 4 provas de múltiplas escolhas, com 45 questões cada e uma redação.
Normalmente, é realizado em 2 dias. Na última edição (2016), o Enem contou com mais de 9 milhões de inscritos e segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), esse foi o 2º ano com o maior número de inscrições, perdendo apenas para 2014, quando houveram 9,4 milhões de candidaturas.
Curiosidade – Nota de Corte do Enem para estudar em Portugal
Entre as 26 universidades portuguesas, destaca-se a Universidade do Minho (UMinho), que tem 19 mil alunos nas cidades de Braga e Guimarães – sendo uma das principais instituições de ensino superior em Portugal e que tem, atualmente, 500 alunos brasileiros.
Carla Martins é pró-reitora de Internacionalização da UMinho, que faz intercâmbio. Ela diz que essa viagem estudantil beneficia os alunos, docentes, pesquisadores e até mesmo os moradores das cidades.
“Os estudantes brasileiros, ao vir para a Universidade do Minho, têm a oportunidade de estudar em um país que não é o seu de origem, e isso traz todas as vantagens de eles terem uma experiência de internacionalização porque achamos que é muito importante para uma universidade ter no seu campi alunos de várias nacionalidades”, ela diz.
“Nesse momento, temos cerca de alunos de 80 nacionalidades, o que faz com que este seja um ambiente muito cosmopolita, multicultural”, disse Clara em entrevista à Agência Brasil.
As notas que os estudantes brasileiros tiram no Enem servem para classificar os alunos que vão concorrer às vagas.
Na Universidade do Minho, por exemplo, essas vagas representam 20% do total. Conforme Clara, no sistema português, há um conjunto de provas específicas que os alunos têm que prestar e as notas do Enem substituem as desses exames.
“Por exemplo, se ele quer engenharia, tem que fazer o exame de matemática, física e química. No caso dos alunos brasileiros, como o Enem tem várias provas, o que acontece é que nós aproveitamos as provas que eles fizeram e damos ponderações diferentes para cada uma das dimensões das provas”, ela comenta.
Assim, as provas feitas no Brasil são usadas, mas com parâmetros de ponderação portugueses para efeitos de cálculos.
“Os estudantes brasileiros vão entrar no âmbito do Estatuto do Estudante Internacional, para o qual há vagas específicas. Eles não competem com alunos nacionais, competem com alunos de outras nacionalidades”, ela lembra.
“Ao aceitar a nota do Enem, significa que os estudantes brasileiros, a partir do momento em que fazem a prova no Brasil, estão em condições de concorrer aos cursos da Universidade do Minho”, garante Carla Martins.
O Cálculo da Nota e as Questões
Entender sobre o processo das notas e sobre a dificuldade das questões que são cobradas também pode otimizar o seu estudo.
Na verdade, a partir de agora, tudo vai se basear naquele seu gabarito de erros e acertos. Então, você poderá determinar horários maiores e menores para o estudo de cada tema.
Por exemplo, para aquelas competências que você teve mais do que 50% de acerto, vale pensar como sendo disciplinas que você tem mais facilidade de aprender e, portanto, há uma maior probabilidade de acerto.
Nesse caso, é preciso dedicar parte dos estudos à elas, porém, não vale a pena “emperrar” os estudos ali.
Já para matérias que você mais errou do que acertou, onde o nível de acerto foi menor do que 30%, a ideia é a de que você, provavelmente, tenha dificuldade em aprender os assuntos. Logo, precisam ser levadas mais a sério.
Agora, há aquela questão do custo/benefício, lembram-se?
Se você tem notas muito alta em outras disciplinas (acima de 80%), pode ser que compense continuar estudando elas e deixando essas mais difíceis para depois.
Mas isso se a sua nota de corte for baixa. Na verdade, não há comprovações sobre isso, mas é um caso a se pensar, de toda forma.
Outro ponto importante que pode ser observado é o fato de que o Enem não separa as questões por níveis, ao menos não em termos de pontuação. Assim sendo, toda questão vale 1 ponto.
O segredo, portanto, é não perder tempo em questões que julga difícil demais. Pensando assim, é mais compensador acertar o maior número de questões do que aquelas mais difíceis.
Ainda sobre as questões, depois que você fizer alguns simulados, vai notar que quase todas as provas do Enem se baseiam em textos e argumentos que foram retirados de jornais e artigos da imprensa publicados nos últimos dias, isso torna o estudo de “atualidades” essencial.
Por sinal, aqui vale uma curiosidade, em algumas publicações, o Enem já afirmou que usa o método TRI (Teoria de Resposta ao Item), que é baseado no método Bayesiano Expected a Posteriori (EPA).
Isso significa que a definição sobre a facilidade de uma questão só é determinada após todas as provas serem corrigidas, só aí, então, ganharão peso.
Um pouco mais sobre a TRI
Essa questão é um tanto quanto polêmica, mas vamos tentar sintetizar o pensamento.
Através da TRI, os organizadores do Enem afirmam que nota é dada ao aluno conforme o caminho que ele percorreu.
Isso, na prática, funciona assim: se dois alunos, de forma hipotética, tem 30 acertos em matemática, isso não quer dizer que eles terão a mesma pontuação.
Aliás, eles podem ter notas menores do que quem acertou apenas 28 ou 29 questões.
Vamos explicar!
O cálculo é feito da seguinte forma: se o aluno que acertou 30 questões que foram as mesmas 30 de outros milhares de alunos, a TRI mostra que ele fez um caminho mais consistente do que um aluno que acertou sozinho um conjunto de outras 30 questões.
Logo, milhares de alunos que acertarão sozinhos um conjunto de 30 questões, terão nota maior do que outros que acertam (também 30 questões) individuais.
O Inep e o MEC costumam chamar isso de método “anti-chute”, já que está relacionado ao caminho que o estudante percorreu e não a cada questão respondida.
Considerações Importantes sobre a Nota da Redação do Enem
A nota do Enem tem uma escala diferente, que é chamada também de desvio de padrão, na qual a média fica entre 500 e 1000 pontos a mais ou a menos a cada desvio que o aluno tiver em relação à média dos alunos.
É uma conta não tão simples de ser feita, entre os motivos, pelo grande número de provas que são feitas anualmente. (Sim, a tecnologia ajuda nesse sentido, com programas de computadores que fazem os cálculos e, muitas vezes, correções).
Para tentar sintetizar essa ideia, imagine a prova de matemática, então, suponha que o caminho médio seja uma nota 500, que é recebida por alunos que acertaram algo entre 9 e 10 questões das 45, independente de quais foram essas questões.
Então, temos exatamente a média, que é 500.
Imagine agora que a média de acertos em matemática tenha sido 10 acertos, aí, se formos fazer o cálculo de desvio padrão, teríamos que ter uma ordem de coerência dos acertos, em um eixo X.
Esse desvio padrão que é o grande X da questão, por isso, o uso de computador para tal cálculo torna-se necessário, já que vai conferir a diferença de acertos de cada aluno em relação à mediana.
Isso resume o porquê de as maiores notas do Enem estar sempre na disciplina de matemática, já que os alunos costumam acertar menos questões dessa área, aí, quem acerta mais, fica acima da média.
Com informações da folhamax, guiadacarreira