Vale estudar para concurso pela internet? 5 respostas super sinceras

Atualmente, o número de estudantes adeptos ao estudo via vídeo-aulas está crescendo. Isso faz com que o segmento de educação via internet cresça também: especialmente se analisarmos as várias opções que estão dentro de sites e no Youtube.

De maneira geral, é possível encontrar aulas livres, gratuitas, pagas, de vários formatos e ideias para quem quer estudar de casa – sem ter a necessidade de frequentar um curso preparatório.

Agora, se você já cogitou essa possibilidade, pode estar se perguntando se vale a pena escolher essa forma de estudo – afinal, será que ela é suficiente para te auxiliar a passar no concurso público?

É sobre isso que vamos falar no decorrer do artigo. Separamos as 5 respostas mais sinceras que você pode ter.

No final do artigo há um bônus – escolas que dão aula à distância para concursos

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Antes, porém, vamos entender, de maneira breve, o ensino a distância no Brasil.

O ensino a distância no Brasil

O ensino a distância ainda é novo no Brasil. Tanto é que, de forma geral, as pessoas imaginam uma série de computadores interligados com acesso a plataformas digitais e muita tecnologia.

Na verdade, essa forma de ensinar (e aprender) tem uma longa história, sendo uma das mais tradicionais do mundo. O primeiro registro é de 1728, quando o jornal Gazeta de Boston publicou seus primeiros materiais didáticos, por meio de cartas.

A partir disso é que vamos rever, brevemente, a história do ensino a distância no Brasil.

Cursos de datilografia por correspondência

Essa foi uma das primeiras maneiras de educar pessoas a distância e deveu-se graças ao Jornal do Brasil, que em 1904 ofereceu vários cursos para datilógrafos por meio de correspondências.

A prática se tornou comum entre os principais jornais do século XX, que faziam isso através de uma instituição formal de ensino, com professores particulares.

Sem redes escolares estruturadas, as pessoas aceitavam essa forma de ensino facilmente porque buscavam formação para trabalhar em várias áreas da economia – especialmente no comércio e na prestação de serviços.

Aqui então estamos falando em ensino por correspondência, tudo bem? Onde materiais eram enviados pelos correios diretamente para os interessados. E esse material poderia ser devolvido para que o professor revisasse o conteúdo também.

Serviço de Radiofusão Educativa

Em 1923, o ensino a distância em nosso país sofreu um grande estímulo. As rádios, em um primeiro momento, funcionavam sem interesses comerciais e apenas educativos.

Isso porque a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi criada e passou a divulgar vários programas quem tinham como objetivo ensinar outras línguas, literatura, música e cursos.

Em 1937, quando o governou criou o que foi chamado de “Serviço de Radiofusão Educativa”, onde o material impresso também era indicado aos ouvintes para que pudessem acompanhar os cursos de forma mais assertiva.

O rádio era considerado um grande instrumento de difusão do ensino a distância no Brasil.

Hoje em dia, algumas emissoras continuam oferecendo este tipo de serviço ao cidadão.

Aulas no cinema

Alguns especialistas dizem que o cinema foi pouco usado no campo da educação ao longo de toda história brasileira. Mas há alguns registros disso.

As empresas distribuíam pequenos filmes que se dedicavam a ensinar o público, gerando uma orientação profissional.

Não há registros dos anos em que isso aconteceram, mas o fato é que algumas pessoas afirmam se recordar dessa forma de educação a distância.

Os telecursos na TV brasileira

Isso aconteceu entre as décadas de 1960 e 1970, quando foi gestado o Código Brasileiro de Telecomunicações, onde as emissoras de televisão privadas começaram a exibir programas por força da lei – obrigatoriedade.

Além disso, foram dados incentivos para a criação de televisões educativas, que eram coordenadas pelas universidades.

Hoje essa comunicação ainda existe, principalmente em nomes como as TVs universitárias e os canais nacionais: Futura e TV Escola.

Todos são de cunho educativo e de formação profissional.

A educação a distância nas bancas de jornais

Alguns cursos (principalmente de inglês e espanhol) são vendidos até hoje como publicações em várias bancas de jornal.

As tecnologias mudaram, porém a essência do material se manteve.

Atualmente, eles são vendidos em DVDs, CDs ou outras ferramentas multimídia (como os pen-drives). Tudo é feito a partir da metodologia da educação a distância.

A educação a distância na internet

O ensino a distância com a internet ficou mais viável em vários sentidos.

Ela permitiu oferecer o conhecimento além da sala de aula, ampliando os limites e gerando mais flexibilidade para os alunos e professores.

Isso aconteceu após anos e anos de educação a distância de outros formatos: como os narrados aqui – jornal, TV, correspondência, Rádio.

Em 1996, entrou em vigor o EAD, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LCB), que reconheceu a educação a distância no país.

Em 2005 foi criada a Universidade Aberta do Brasil, que possibilitou o surgimento de vários cursos superiores feitos a distância – e valorizados pelo meio profissional.

Governo Federal autoriza EAD para Educação Básica

O Governo Federal publicou uma portaria que autoriza a inclusão do Ensino a Distância(EAD) na Educação Básica, tornado mais flexível os parâmetros para a oferta de cursos à distância no ensino superior.

Agora, conforme decreto, as escolas de ensino fundamental podem oferecer essa modalidade de ensino para alunos específicos, deixando em aberto, inclusive, a utilização dessa forma de aprendizado para o ensino médio, técnica, educação especial e a educação de jovens e adultos.

A norma foi publicada no Diário Oficial da União.

Com isso, escolas do ensino fundamental, por exemplo, podem ministrar o ensino a distância para vários grupos, sendo que antes isso só era permitido em casos extremos e considerados “emergenciais”.

A fim de exemplificar a mudança, podemos observar casos de alunos que estejam matriculados nos anos finais do ensino fundamental e que “estejam privados da oferta de disciplinas obrigatórias no currículo escolar”.

Ainda conforme o decreto, a mudança vale para o estudante que está no exterior por qualquer motivo (viagem, passeio, estudo), já que eles podem ser transferidos para regiões de difícil acesso (como as missões em regiões de fronteiras).

Alunos que não conseguem frequentar a escola devido à problemas de saúde ou que moram em locais sem o atendimento escolar presencial, também vão ser beneficiados.

Além das pessoas privadas de liberdade, que se enquadram nos critérios.

Assim sendo, para que o ensino a distância seja, de fato, colocado em prática na educação básica do país, ela precisará ser regulamentada pelos estados e municípios, sendo que eles precisam autorizar o funcionamento desses cursos.

Para escolas federais, o decreto permite que cada instituição avalie o quadro.

Amábile Pacios é diretora da Federação Nacional das Escolas Particulares e avalia a mudança como positiva, já que democratiza o acesso a educação do país. Perguntada sobre pontos negativos, ela respondeu:

“O risco dessa medida é que a gente não conhece o caminho. O risco que todo educador apontará é o de perder a aprendizagem desse aluno no meio do caminho, de não estar controlando o ritmo de aprendizagem dele”.

Plano Nacional de Educação (PNE)

Para os defensores da medida, o PNE será beneficiado, levando em conta que uma de suas metas é elevar a taxa de matrícula no ensino médio à 85% da população de jovens entre 15 e 17 anos.

“Acho que flexibilizou mais. Vai ficar mais fácil atingir as metas do Plano Nacional de Educação”, disse Amábile.

“Essa flexibilização dá mais eficiência para o trabalho. Vem aí a mudança do ensino médio e, nessa implantação da etapa com cinco itinerários, você pode dar a opção da escola fazer parte desses itinerários a distância. Há municípios carentes, talvez o ensino à distância amenize”, confirmou o especialista, em entrevista ao Jornal O Globo.

Ensino Superior mais flexível

O decreto também flexibiliza os parâmetros para a educação a distância do ensino superior, já que atende à uma reivindicação das instituições que querem abrir novos polos educacionais, com um aparato que oferece apoio presencial, como bibliotecas e laboratórios.

Em resumo, a norma diminui a burocratização relacionada à essas inaugurações de novos pontos. Mesmo porque essa nova portaria deve estar vinculada aos indicadores de qualidade do MEC (Ministério da Educação).

Na prática, antes as instituições só poderiam ter o ensino a distância, se tivessem também o presencial. Agora, as universidades que quiserem oferecer tal ensino poderão estar credenciada ao MEC, apenas nessa modalidade. Isso para as instituições públicas.

“Acho extremamente importante e producente para o país. Ficar mandando uma comissão para avaliar um polo em uma cidade (como já é feito) é extremamente contraproducente. Gera custo, burocracia”, disse a presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABME).

Conforme apuração do jornal O Globo, atualmente existem quase 35% de pessoas que tem entre 18 e 24 anos matriculadas em universidades. O índice é distante da meta da PNE para 2024, ano em que essa taxa deverá ser de, pelo menos, 50%.

5 respostas super sinceras sobre estudar pela internet

Se você ainda tem dúvidas sobre esse método de ensino, confira algumas respostas.

1 – sobre as vantagens da aula online

A maior de todas as vantagens é ter flexibilidade para escolher quando, como e onde estudar.

Se você tem um acesso à internet, a sua sessão é garantida na sala, na cozinha, no quarto, no quintal, biblioteca, escola ou durante alguma viagem.

Além disso, há a vantagem de montar um plano de estudos conforme seu perfil – você pode focar nas suas dificuldades e avançar para o próximo tema quando se sentir seguro.

Para todos esses casos, porém, a disciplina é fundamental. E há forma de evitar a distração, se você estiver mesmo disposto a estudar para passar em um concurso público.

2 – sobre os tipos de aulas

As aulas online são dinâmicas e não perde, em nada, para as aulas presenciais – ao menos em termos de conteúdo.

A gravação é toda focada no professor, que fala de conteúdos importantes usando o auxilio de lousas digitais ou imagens desenhas, o que facilita a compreensão e a memorização do aluno.

Além do mais, é possível pausar o vídeo em alguns momentos para entende melhor os conceitos e só após isso você avança para o próximo tópico.

Em uma sala de aula, o professor teria que parar a explicação para atender a dúvida de vários alunos. No ensino online, você só para quando tiver necessidade, sem depender de outras pausas de outros alunos.

3 – sobre os professores das aulas online

Geralmente, as aulas são fornecidas por instituições que contratam tais professores, que são especialistas nas suas áreas.

Isso não difere muito das aulas presenciais.

Também existe o Youtube, onde professores particulares podem fornecer conteúdos importantes para o planejamento de aulas de muitos concurseiros.

Nesse caso, o ideal é conhecer um pouco da história e da credibilidade do professor a fim de saber se o conteúdo é confiável.

Outro caso é o de cursos pagos, que tem que ser aprovado por equipes especializadas, como é feito dentro das escolas.

Nesta opção, também é ideal que se conheça o curso através do comentário de outras pessoas.

4 – sobre os cursos online

Alguns cursos pagos oferecem bons conteúdos, mas nem todos. O ideal, como falamos, é conhecê-lo de alguma maneira.

O grande cuidado aqui está para o pagamento online que, geralmente, é feito via cartão de crédito. Neste caso, o cuidado é para não cair em armadilhas e usar sistemas de pagamento que seguem normais internacionais e asseguram a proteção.

5 – sobre estudar online de verdade

O mais importante é observar que independente da forma de estudar, o que vai fazer a diferença é a vontade do estudante de passar em um concurso público ou provas.

As distrações vão existir tanto na sala de aula quanto em casa, para ambos os casos é possível criar hábitos para evitar tal comportamento.

Novamente, é importante dizer que tudo vai depender da disciplina da cada aluno.

O fato é que estudar de casa, pela internet, é uma boa opção para quem está buscando comodidade e economia de tempo e dinheiro. Isso não deve ser um impedimento para que um aluno passe no concurso público.

No formato online, há adaptações a serem feitas. E se feitas com cuidado, elas podem ser muito positivas, excepcionalmente se o aluno não cair na famosa “procrastinação”.

Qual é a tendência do EAD no Brasil

O Censo EAD Brasil de 2014/2015 revelou que existem mais de 1,8 mil cursos a distância regulamentados no Brasil, com uma média de 520 mil alunos matriculados.

Agora, principalmente porque a crise não passou totalmente, criou-se uma oportunidade com esse ensino – mais vantajosa financeiramente.

O ensino a distância se mostra cada vez mais adaptável à pessoas.

Sidinei Rossi é gestor de cursos técnicos do Senac EAD e cedeu uma entrevista que foi publicada na internet onde falar sobre o ensino à distância.

Ele comenta que seja pela ampliação do acesso às tecnologias, pela flexibilidade de tempo ou questões logísticas ou até mesmo devido ao custo reduzido, o EAD tem crescido potencialmente nos últimos anos.

As informações estão comprovadas em uma pesquisa feita pela Educa Insights, que mostra que esse formato de ensino acumulou crescimento de 11,1% entre 2010 e 2015, de modo que a previsão é a de que em 2023 a modalidade corresponda à mais de 50% do mercado geral.

Confira trechos da entrevista e da opinião do especialista sobre o crescimento do EAD.

O Sucesso EAD está ligado à qual fator no Brasil?

Por ser um país continental existem desafios significativos para levar a educação a todas as partes do país e a Educação a Distância é uma boa alternativa.

Além disso, o formato atende um público que, cada vez mais, tem dificuldade de deslocamento e se preocupa com os custos logísticos, sem contar com outras questões como a comodidade de estudar em casa, por exemplo.

Outro fator importante é que o EAD tem possibilitado a qualificação profissional constante para pessoas que têm dificuldades de tempo, tornando a modalidade mais acessível com o uso mais intenso da tecnologia pelos estudantes brasileiros.

Quais as Dicas para Conseguir ir bem no EAD?

O aluno precisa ser organizado, ter responsabilidade e ser disciplinado.

Reservar um tempo para o estudo diário é muito importante, mas deve-se manter a prática dos exercícios online.

Não dá para deixar tudo para a última hora e nem mesmo assumir mais disciplinas do que sua carga horária permite.

Ele precisa entender o conteúdo e aprender de fato, além de ter familiaridade básica com a tecnologia de estudos e compromissos que proporcionam autonomia ao estudante, hoje um fator diferencial para o mundo do trabalho.

Bônus – escolas que dão aula à distância para concursos

No final do ano passado, antes mesmo da aprovação da norma, a revista Exame publicou uma material listando 7 escolas que já davam aula a distancia com foco em concursos públicos.

Agora, esse número deve aumentar significativamente.

Se você ainda não conhece essas escolas, nós vamos lista-las agora, mas, se você ainda não tem o hábito de estudar a distância, não se preocupe porque até o final do texto daremos algumas dicas de como conseguir fazer isso de forma simples.

Apenas para adiantar algumas informações, note que esse tipo de educação é considerada uma boa alternativa para quem não pode se preparar através de aulas presenciais com professores.

A tecnologia é, portanto, um encurtador de caminho.

Já quanto aos cursos, eles podem ser de vários formatos: semipresenciais, totalmente online, interativos, com hora marcada, entre tantos outros modelos. Por isso, conhecer sobre eles é tão importante.

Gran Cursos

Nessa escola, aulas são televisionadas ou com conteúdo online.

Os cursos feitos pela internet, por exemplo, custam em torno de 150 reais, o que gera uma economia de 30% se comparado com o preço dos cursos das aulas presenciais, que saem por pouco mais de 200 reais.

O material disponibilizado na rede online fica disponível durante 4 reprises , ou seja, o aluno pagamento poderá assistir ao material 4 vezes e isso poderá ser feito em qualquer horário e de qualquer lugar.

Informações dos cursinhos no site do Gran Cursos ou pelo telefone (61) 3031-7719.

Complexo Damásio de Jesus

As aulas são telepresenciais também e indicadas para candidatos à concursos púbicos de diversas áreas. A transmissão é sediada em São Paulo e repassada para outras unidades do ensino.

Os cursos do Damásio saem por volta de 280 reais mensais.

Informações dos cursinhos no site do Damásio ou pelo telefone (11) 3164-6600.

Federal Concursos

É para os concurseiros da Polícia Federal de São Paulo que não podem escolher o cursinho em período integral.

Nessa opção, eles conseguem estudar disciplinas e módulos específicos para o concurso e a mensalidade é de 400 reais, na média.

A Federal Concursos Preparatórios está em várias regiões do país.

Informações dos cursinhos no site da Federal Concursos ou pelo telefone (11) 3285-5318.

Curso Aprovação

É sediado no Paraná e tem mais de 15 mil alunos cadastrados. As aulas são cobradas por hora e os preços variam de 300 reais para cursos voltados para o Banco do Brasil, com 150 horas, mas pode chegar até 1,4 mil reais para concursos da Receita Federal, que tem mais de 700 horas.

Um número importante é que o número de candidatos aprovados dos cursos à distância é maior do que os aprovados das aulas presenciais.

Informações dos cursinhos no site do Curso Aprovação ou pelo telefone (13) 3238-8327.

Luiz Flávio Gomes

É um cursinho que custa, em média, 350 reais mensais e prepara os candidatos para as provas do setor jurídico, além do fiscal.

Para esse curso, o aluno também precisa ir até a filial para assistir as aulas e quem faz isso tem um desempenho 30% melhor, afirma a instituição.

Informações dos cursinhos no site do LFG ou pelo telefone (11) 2121-4800.

Cursinho Marcato

É um dos mais populares, já que o valor da mensalidade é de 200 reais. As aulas também são transmitidas por satélite, tanto no curso presencial quanto no à distância.

O aluno pode comparecer quantas vezes julgar necessário para passar nos concursos públicos.

O foco é na área jurídica.

Informações dos cursinhos no site do Marcato ou pelo telefone (11) 3103-2000.

Cape

O Cape é especializado em concursos da policia militar e do corpo de bombeiros, além de ter a especificidade dos exames técnicos e militares.

O valor também é mais popular, 150 reais por mês no ensino a distância e as vagas são abertas conforme os concursos vigentes e os editais publicados.

Informações dos cursinhos no site do Cape ou pelo telefone (11) 3357-5471.

Com informações da abril, unavirtual, isaebrasil

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