5 Coisas Que Você Precisa Saber Antes de Se Inscrever em um Concurso Público

O Concurso Público é considerado, por muitos, o melhor emprego do Brasil – se não, do mundo. Mas, por que ele tem esse reconhecimento? Como fazer para conseguir fazer parte de seleto grupo? Aliás, o que é, de fato, o concurso público? Todas essas informações estão no decorrer do texto.

Para fins de conhecimento, essa semana saiu na mídia a informação de que 3 concursos públicos do Espírito Santo, que estão com inscrições abertas, tem salários que podem chegar até 28 mil reais mensais. Nesse caso, as vagas são para o Tribunal Regional Federal e para o Instituto de Previdência dos Servidores Púbicos de Viana.

No Estado citado, há uma previsão de que sejam abertas mais de 90 mil vagas para cargos públicos durante o ano. Sendo o maior volume destinado ao governo federal. “A administração pública necessita de pessoal para manter o atendimento e a prestação de serviços à sociedade”, comentou Paulo Estrella, diretor pedagógico da Academia do Concurso.

Separamos as principais dúvidas dos interessados em tópicos, o que vai facilitar o seu entendimento. Leia e saiba tudo sobre os Concursos Públicos.

1 – O que é Concurso Público?

O concurso público é um processo seletivo que permite o acesso ao emprego público de modo amplo e democrático. É um procedimento impessoal onde é assegurada igualdade de oportunidades a todos interessados em concorrer para exercer as atribuições oferecidas pelo Estado, a quem incumbirá identificar e selecionar os mais adequados mediante critérios objetivos. Essa é a definição para “concurso público”, conforme a Wikipédia.

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Os primeiros registros dos concursos públicos são da China Antiga, por volta de 2.300 AC, onde existem registros de que os militares após 3 anos de serviços, eram submetidos à novos testes físicos e, dependendo do resultado, eram promovidos ou dispensados do cargo. No Brasil, a Constituição Federal estabelece objetivos fundamentais que tem objetivos de minimizar as desigualdades entre os brasileiros.

Foi em 1967, com a sexta Constituição do Brasil, que o país validou a obrigatoriedade do concurso público para o ingresso em todos os cargos, exceto para as comissões (cargos de confiança), como existe até hoje.

Reprodução: Google

Aqui, os concursos são exigidos, normalmente, para avaliar a competência dos candidatos relativos ao cargo pelo qual estão concorrendo e, teoricamente, também é usado para que políticos evitem ocupar cargos eletivos sendo influenciados por suas dinastias. Existe, inclusive a “Lei do Concurso”, que aprova a inscrição do candidato após o pagamento do valor indicado no edital e a validade do concurso por 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez.

2 – Por que o Emprego Público é um dos mais desejados?

Essa é a opção mais popular do Brasil. Se não há números que confirmem essa afirmação, basta ver a tabela de inscritos de concursos como Polícia Federal, Receita Federal e Banco do Brasil. E, com o advento da internet, os concursos tornaram-se ainda mais concorridos, já que une o desemprego nacional com os jovens em início de carreira. Mas, o que o torna o concurso público um dos empregos mais desejados?

Separamos a resposta para essa pergunta em 2 tópicos! Confira:

Estabilidade Profissional. O servidor público pode, sim, sofrer punições, tais como a demissão. Isto está no artigo 41 da Constituição Federal, que prevê que esses profissionais são estáveis após 3 anos de efetivo exercício. E, após esse período, ele poderá perder o emprego em 3 hipóteses:

  • Em virtude de sentença judicial,
  • Por processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa,
  • Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.

Ele, como qualquer trabalhador, tem o registro em carteira (a famosa CLT) e, por isso, tem vários benefícios e vantagens iguais, apesar de ter alguns itens a mais. Mas, o fato é que, na prática, é muito difícil um servidor público perder o emprego. Quando acontece, na maioria dos casos, é por justa causa. Afinal de contas, é muito mais fácil uma empresa privada quebrar do que o país.

Altos Salários. Os concursados, normalmente, têm salários mais altos do que aqueles trabalhadores de mesmo nível de empresas privadas. Um Juiz, por exemplo, se for Federal, pode ter um salário de mais de 24 mil reais por mês; se for Estadual, 23 mil reais. Mais os benefícios: existem gratificações que chegam a 40 mil reais.

Para termos comparação, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) publicou os salários pagos aos juízes e um Juiz de Direito Substituto Inicial, tem um ganho de 20 mil reais.

Para conhecimento: a carreira de juiz é considerada uma das mais estáveis financeiramente e para se profissionalizar, o interessado deve ter o diploma de nível superior em bacharelado em Direito reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) e pelo menos 3 anos de experiência jurídica, além de passar em concurso público.

3 – O que devo estudar para passar em um Concurso Público?

Os concursos são divididos em grandes áreas, entre elas, a fiscal, bancária, jurídica, cargos de gestão e outras. Todas são concorridas e tem variações de dificuldades, temas e pontuação. Para a maioria, é preciso ter formação acadêmica e muito investimento em estudos e pesquisas.

Entre as principais disciplinas, estão: Língua Portuguesa, Lógica, Matemática Básica, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Informática e Língua Estrangeira. Essas são exigidas em quase 100% dos concursos, mas, existem outras matérias que são mais especificas e cobradas de acordo com o cargo em vigor. Por exemplo: Economia Pública, Direito Penal, Contabilidade, Direito Civil e outros.

Cursos preparatórios

É por isso que cada vez mais os cursos preparatórios, focados em concursos públicos, têm aumentado as suas clientelas de clientes. Afinal de contas pode até ser que muitos candidatos tenham muito sucesso estudando sozinho, mas é possível também fazer aulas com professores e outros alunos que tenham mais facilidade em alguns temas.

Reprodução: Google

Comparada aos cursos feitos pela internet, os presenciais são mais caros, mas, ao mesmo tempo, garantem um acompanhamento mais próximo para cada aluno. De qualquer forma, o importante é estudar e perseverar.

Memorização

Dentro e fora dos cursos preparatórios, a aprendizagem sobre a memorização tem sido também, cada vez mais acentuada. Isso porque ela tem um peso muito importante para as pessoas que decidem prestar o concurso público. Aliás, quando ela é entendida, pode fazer toda a diferença na hora de acertar ou errar uma questão na prova.

Por exemplo, você sabia que existem 3 tipos de memórias? A ultrarrápida, a de curto prazo e a de longo prazo. Cada uma delas tem sua importância, como diz William Douglas: “Entenda que qualidade vale mais do que quantidade. Nos estudos essa é uma máxima muito real. Quando você acha que estudar muitas horas é mais importante que estudar com qualidade, você acaba perdendo um tempo precioso que poderia estar sendo melhor empregado em sua preparação”.

Se você quer entender mais sobre a memória, leia esse artigo.

Agora, se você quer conhecer sobre o método de memorização Renato Alves, você pode acessar o curso através desse link. Lá, você vai aprender mais afundo sobre essas habilidades, ensinadas pelo homem que foi eleito por ter a melhor memória do Brasil e teve reconhecimento nacional, saindo nos principais jornais e revistas do país.

Se quer números, saiba que com esse método, você pode aumentar até 20% das suas chances de passar em vestibulares ou em provas de concurso público. Não perca tempo, conheça mais do Renato Alves e do curso de memorização.

4 – Quais são os itens obrigatórios para eu poder concorrer à uma vaga em concursos públicos?

Para obter essas informações, é preciso ler os editais, que são disponibilizados nos sites das instituições organizadoras, mas, nós vamos facilitar para vocês. Colocamos, em tópicos, os itens que costuma ser obrigatórios em quaisquer concursos:

  • Ser brasileiro nato, de nacionalidade portuguesa ou naturalizado,
  • Possuir documentos comprobatórios da escolaridade,
  • Estar em dia com as obrigações eleitorais,
  • Estar em dia com os deveres do Serviço Militar, para os homens,
  • Ter boa conduta comprovada por certidões das Justiças (Comum, Militar, Eleitoral),
  • Estar apto física e mentalmente para a vaga,
  • Ter, no mínimo, 18 anos.

Além de outros, caso seja necessário, todos esses itens devem ser comprovados no momento da posse. Assim, o candidato pode fazer a prova, por exemplo, com 17 anos completo, desde que tenha feito 18 no dia da posse. O mesmo vale para a graduação, também. Além disso, é preciso ter cuidado com informações da inscrição, já que todas as informações precisarão ser comprovadas.

“Passei em concurso público, mas ainda não recebi o telegrama. Como fica meu emprego atual”?

Essa é outra dúvida recorrente aos concurseiros. A pergunta é designada devido às questões de demissão e aviso prévio, por exemplo. E, para os candidatos que trabalham em outro emprego, a dica correta é aguardar a convocação oficial do órgão público e só depois, solicitar o desligamento da empresa.

Para mais saber, vale as 2 seguintes informações:

  • Artigo 13 – A posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento,
  • Artigo 15 – É de 15 dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

5 – Como posso saber quais concursos públicos eu devo prestar?

Se você tem o interesse em ser um servidor público, mas ainda não sabe qual a área exata que quer prestar, precisa, antes de qualquer coisa, conhecer o próprio perfil. Certamente, você tem características que nem se lembra, mas que pode fazer toda a diferença na hora de prestar a prova.

Faça uma avaliação, tanto psicológica quanto referentes ao conhecimento especifico. Identifique o seu grau de conhecimento, descubra quantas perguntas você consegue solucionar e crie um método de estudo. Você precisa estar preparado e para isso valem vários fatores, inclusive, fazer um concurso apenas para saber onde está posicionado frente aos outros candidatos.

Nestor Távora, da LFG, em entrevista ao G1, que o pecado mais comum para os iniciantes é não dar atenção suficiente para o edital do concurso. “É um texto aparentemente burocrático, árido, que pouca gente lê, mas que faz muita diferença”, afirma. Já para Sérgio Camargo, advogado especialista em concursos, o que falta é a falta de foco. “Muitas pessoas dão tiros para todos os lados, sem compromisso, e muitas vezes desistem quando não encontram o resultado fácil esperado”, afirma.

Pensando nisso, selecionamos algumas dicas dos especialistas para escolher o cargo certo e que é compatível com o seu perfil. Acompanhe:

Carreira. O candidato pode basear sua escolha pela afinidade com o cargo. Por exemplo, os concursos do INSS, possuem diversas carreiras disponíveis, entre as mais básicas, como escriturário até as mais especificas, como promotor.

Disciplinas. Leve em conta as disciplinas que são exigidas no determinado concurso e analise se são temas que te favorecem profissionalmente. Se essas áreas têm a ver com os interesses, vá em frente. Se não, confira outras opções. Mesmo porque de que adianta você estudar e aprender tudo sobre legislação, se você não tem aptidão para ser um juiz?

3 dicas para você ter mais foco em seus estudos

Exames anteriores. Faça um simulado com o simulado dos anos anteriores e descubra quais os seus pontos negativos, que precisam ser revistos. Essa é uma ótima forma de compensar a falta de experiência em concursos, se for o caso.

Locais. Nos editais, sempre, estão as informações referentes aos locais das vagas. E isso também é importante para definir qual o melhor concurso para você prestar. Se tem facilidade para mudar de cidade ou estado, tudo fica mais fácil. Se não tem, precisa levar esse item em consideração e dar devida importância à ele.

Persistência. “Como sugestão, o candidato deve permanecer estudando, sem perder o foco. Os concursos não vão parar. É importante buscar um preparatório para a área de tribunais, fazer exercícios nessas áreas e organizar os estudos”, comenta o professor de direito administrativo da Universidade Estácio de Sá, do Curso Fórum.

Com informações do G1, Exame e Wikipedia

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